Talvez vocês tenham reparado que eu tirei umas férias do blog. Não que eu não ame, ou que não faça bem, totalmente o contrário. Mas eu estava uma bagunça.
Muita coisa tem acontecido nos últimos tempos que têm me deixado nas nuvens, e meio sem acreditar, sabe? O problema é que eu não sei lidar direto com isso.

Algumas vezes na minha vida eu tive experiências de muita felicidade, de ápices de alegria, em que absolutamente tudo estava bem, no seu lugar, e tudo era maravilhoso. E no segundo seguinte, tudo desmoronou. E eu me vi perdida. Sem saber direito onde buscar energia pra recomeçar, e construir tudo novamente.

A vida não é uma montanha russa

E por algum tempo eu cultivei esse medo. E quando eu estava em uma fase muito incrível, eu simplesmente não conseguia lidar, com medo de que virando a esquina eu teria que lidar com um problema monstruoso.

Quando eu era mais nova fui morar em Goiânia. Foi uma das melhores épocas da minha vida e da minha família. Nunca fomos tão felizes, era tudo tão harmonioso e eu conhecia coisas novas todos os dias, pessoas novas e tão, tão gentis (pessoas de Goiânia: puro amor), foi incrível. Quando voltamos, tivemos a pior nuvem negra sobre a nossa casa. Durou anos, deixou muitas cicatrizes e até hoje estamos reconstruindo pedaços da nossa vida.

Com o tempo, fui ficando com mais e mais medo de quando tudo dava certo e tudo era lindo e parecia se encaixar perfeitamente nos seus devidos lugares. Eu não me permitia aproveitar aquilo. Eu achava que tanta felicidade tinha um preço e que ele seria cobrado quando eu menos esperasse. E isso me paralisava. Eu sabia, no fundo, que se eu continuasse, as coisas não iam desmoronar de novo, mas sim ficarem ainda melhores. Mas eu não vivia meus altos por medo dos baixos.

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E o pior vem em seguida: eu começo a me autossabotar. Eu vou subindo, subindo, subindo e quando acho que estou vendo o pico – e em seguida, a descida – eu volto pra trás. E faço tudo errado.
É sufocante viver desse jeito.

Eu tava pensando muito nisso. E eu queria escrever sobre isso. E aí semana passada fui jantar com a Julia, também conhecida como chefa & amiga, e falei disso com ela. É por isso que a gente não pode guardar as coisas (eu guardo a maioria, sempre acho que sei lidar sozinha com quase tudo), porque quando a gente compartilha uma angústia, parece que metade sai dos nossos ombros. E podemos ouvir palavras sábias, que fazem a gente olhar pras coisas de uma perspectiva toda nova. E foi isso que aconteceu.

O problema está em achar que a vida é uma montanha-russa, cheia de altos e baixos. Não dá pra viver achando que que o que vem depois de um pico de felicidade é um buraco abaixo do nível da terra. É só normalidade. Vida boa, mas vida de todo o dia. Uma vez ou outra surgem coisas ruins, mas não é assim o tempo todo. E se tudo fosse um pico de alegria e felicidade, nada seria um pico, não é mesmo? Tenho que parar de deixar o medo do que vem depois me brecar. E tenho que entender que o que vem depois não é ruim, é só o tempero necessário pro que vier depois ser ainda melhor.

Amo vocês e obrigada por estarem por aqui <3

ps: Vamos nos conhecer no encontrinho! Falta só uma semana!